O JornalDentistry em 2016-5-20

ARTIGOS

A evolução da Medicina Dentária: as tendências atuais e como será o futuro? (Parte 1 de 5)

A medicina dentária tem evoluído rapidamente nas últimas décadas. Muitas vezes, pode ser um desafio para os profissionais manterem-se atualizados com todos os desenvolvimentos que estão a ocorrer simultaneamente. Assim, é importante identificar as principais tendências dentro da profissão, para que se possa maximizar tempo e dinheiro despendido em formação e atualização.

Parte 1 —  As principais tendências em biomateriais dentários

O desenvolvimento dos materiais dentários tende a ser um processo evolutivo, ao invés de revolucionário. De forma a serem identificadas as tendências atuais e futuras mais importantes, a técnica mais fácil passa por examinar as direções que a investigação e a comercialização têm tomado e extrapolá-las para os próximos anos. Por exemplo, as restaurações em amálgama, populares durante mais de um século, foram amplamente substituídas por materiais de resina composta num espaço curto de 20 anos. Do mesmo modo, os profissionais de medicina dentária continuam, hoje em dia, a procurar a melhoria dos tratamentos disponíveis para os pacientes, procurando impactos positivos na saúde da estrutura dentária remanescente. Com efeito, começa a observar-se agora a introdução de materiais que podem representar o futuro a médio e longo prazo: restaurações bioativas que, além da substituição dos tecidos cariados do dente, procuram diminuir a interface dente/restauração, prevenindo a infiltração bacteriana.
Os agentes de adesão, introduzidos pela primeira vez na década de 70, tiveram sete grandes gerações. Cada geração sucessiva foi-se tornando mais previsível e tecnicamente menos sensível do que a anterior. Há trinta anos atrás, os profissionais que começavam a utilizar as resinas compostas eram confrontados com um conjunto de materiais químicos que tinham de misturar e combinar em sequências muito específicas. Nos dias de hoje, o padrão de adesão à estrutura dentária é muito mais simples e previsível.
A questão que se coloca agora é até podemos ir. A resposta é simples: Zero passos! A tecnologia de incorporação do componente adesivo no material restaurador já está disponível e a ser utilizado nos cimentos de resina, pelo que a próxima grande evolução de adesivos, a 8ª geração, será a eliminação total de etapas separadas.
As restaurações dentárias indiretas continuam a ter de ser cimentadas à estrutura remanescente. Os primeiros cimentos revelaram-se problemáticos por serem solúveis no meio oral, tornando-se irritantes para as estruturas vitais dos dentes, demasiado opacos, pouco estéticos e difíceis de manusear, sendo que foi apenas desde os anos 90 que os cimentos de resina se tornaram uma referência. Embora os primeiros tenham revelado alguns problemas parecidos, tais como a dificuldade da técnica, os cimentos de resina mais recentes vieram simplificar o processo significativamente, constituindo-se atualmente como o método ideal de adesão para as restaurações indiretas em resina. No entanto, no seguimento do mesmo passo da evolução, muito em breve, a incorporação de silanos e outros catalisadores cerâmicos e metálicos desenvolverão aquilo a que designaremos um “verdadeiro monobloco”.

Fonte e Créditos: ”Este artigo foi publicado integralmente em primeiro lugar no Dental Economics Magazine, copyright 2016. Texto total reprint com a autorização da  PennWell Corporation.”

Autor:Dr. George Freedman

Artigo completo: “The Evolution of Dentistry: What is trending now and what will the future hold?"
Este artigo foi divido em 5 partes para publicação em português

 

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