O JornalDentistry em 2022-3-19

CRÓNICAS

A Maior invenção de Sempre

No ano de 2003, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, publicou uma pesquisa onde questionava qual teria sido a invenção mais importante jamais desenvolvida

Fernando Arrobas, médico dentista

Num primeiro momento, muitos suspeitariam que a roda, os pequenos aparelhos de comunicação ou qualquer outra parafernália moderna ganharia o primeiro lugar sem grandes dificuldades. Entretanto, para surpresa geral, a maioria  apontou a escova de dentes como a mais importante invenção da história. 

De facto, a preocupação com a higiene oral e os dentes aparece como um dos mais antigos cuidados de saúde em diversas culturas. Nos anti- gos papiros egípcios, descobertos por Ebers e Edwin Smith, já se descreviam a importância dos cuidados de higiene e tratamentos para as dores de dentes, drenagem de abcessos, redução e imobilização das fracturas maxilares, entre outras leges artis. Também os romanos consideravam a cavidade oral como o vestíbulo da alma, associando-a ao seu ditado In ore oritur sanitas ou, em português,  

A saúde começa pela boca. 

Contudo, foi apenas no século XVIII que um prisioneiro britânico chamado William Addis teve a brilhante ideia de desenvolver a primeira versão moderna da escova de dentes. Inicialmente, guardou um pedaço de osso animal da sua refeição diária e realizou pequenos furos numa das suas pontas. Depois, ao ter conseguido algumas cerdas com um carcereiro, amarrou-as em pequenos feixes e fixou-as com cola nos buracos do osso, desenvolvendo a tecnologia fundamental do invento. 

Desde então e até hoje, a anatomia do cabo, a disposição dos feixes e o processo de desgaste foram sistematicamente analisados para que o instrumento fosse aprimorado. E a verdade é que as diferentes formas e tecnologias transformaram o mercado das escovas de dentes numa grande incógnita em que, de entre tantas opções, as pessoas não sabem distinguir qual o tipo de escova que atende a uma boa higiene oral.
Como sabemos e ensinamos, a resposta é sempre mais simples do que parece: simplesmente aquela “que for melhor utilizada”. 

 

Fernando Arrobas, médico dentista, Professor de Métodos Quantitativos fernando.arrobas@jornaldentistry.pt 


 

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