O JornalDentistry em 2018-1-31

EVENTOS

Antevisão

II Reunião de Técnica Auto Ligável da FMUP: Classes II e Inovação Tecnológica em Evidência

Nos próximos dias 16 e 17 de fevereiro, a Faculdade de Medicina do Porto (FMUP) recebe a II Reunião Técnica Auto Ligável, com o tema “Ampliando os limites terapêuticos das Classes II”.

Dr. Armando Dias da Silva

A organização, presidida pelo Dr. Armando Dias da Silva, reduziu os valores de inscrição com o objetivo de tornar a Reunião acessível a um maior número de profissionais de ortodontia. 

O JornalDentistry – Esta é já a segunda Reunião de Técnica Auto Ligável. Quais as principais diferenças em relação à primeira edição? 

Dr. Armando Dias da Silva — A I Reunião em Técnica Auto Ligável da FMUP constituiu um enorme sucesso a todos os níveis: científico, social e pelo simbolismo dos apoios de sociedades científicas, assim como pelo número de expositores comerciais. A II Reunião vai obedecer ao mesmo princípio de base que sustentou a primeira, com algumas alterações que visam melhorar a experiência de todos os participantes. Para que os palestrantes tenham mais tempo para expor as suas ideias, decidimos atribuir mais tempo a cada conferencista.

Grande parte das palestras terão a duração de uma hora e trinta minutos, sendo o tempo mínimo de uma hora. Preten- de-se que o conferencista desenvolva de uma forma mais didática o tema da sua palestra sem estar pressionado pelo tempo, não sendo este, no entanto, demasiado extensivo para que se perca um pouco de interesse e atenção. Iremos também diversificar o programa científico. 

Contaremos com uma conferência sobre alinhadores, que neste momento apresentam fiabilidade e previsibilidade suficientes em certos casos de Classe II, pelo que também possibilitamos aqui a abertura de uma nova perspetiva terapêutica do presente e futuro. 

Efetivamente, somos, até agora, a única instituição universitária de ensino pós-graduado em ortodontia que tem uma parceria com o sistema de alinhadores mais desenvolvido da atualidade, materializando-se num curso de pós-graduação da FMUP envolvendo prática clínica. O programa científico contempla também uma conferência alusiva ao tema das genioplastias como cirurgia co-adjuvante na melhoria do perfil facial como tratamento cirúrgico complementar das anomalias de Classe II. 

Estamos a organizar pela primeira vez um pré-curso, a realizar no dia 15 de fevereiro, alusivo ao uso de mini-implantes como ancoragem esquelética em ortodontia, a cargo da Dra. Patrícia Vergara. Reduzimos também os valores de inscrição, como forma de tornar o evento mais acessível. O evento destina-se a todos os profissionais de ortodontia. Os colegas mais experientes começam a perceber agora que esta técnica já é o presente e tomam consciência que devem alterar as suas rotinas, sair da zona de conforto e efetuar formação credenciada e específica nestas técnicas para não ficarem ultrapassados tecnicamente. 

O JornalDentistry – Que temas estarão em destaque? 

Dr. Armando Dias da Silva — O grande destaque é o tratamento da anomalia de Classe II com técnica auto ligável. No entanto, além do já ante- riormente referido uso de mini implantes como ancoragem esquelética, teremos outros temas de inegável destaque sempre no âmbito clínico de técnica auto ligável. Desgastes interproximais como terapêutica auxiliar nas Classes II é um dos principais temas, bem como aparelhos funcionais fixos, cirurgia ortognática e genioplastias, sistemas auto ligáveis passivos, interativos e ativos, sistemas de diagnóstico pro- tocolizados, dispositivos de distalização molar e alinhadores invisíveis. 

Um dos pontos altos do evento será a entrega do IV Prémio Prof. Doutor Campos Neves à melhor apresentação científica sob a forma de comunicação oral e poster. O Prof. Doutor Campos Neves privilegia-nos com a sua docência nas nossas formações. Saliento ainda os apoios científicos da Sociedade Portuguesa de Ortodontia, Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária e Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporo Mandibular e Dor Orofacial, que nos honra e são motivo de agradecimento, sobretudo porque partilham connosco a forma despretensiosa e aberta com que encaram e analisam as novas técnicas e tecnologias. 

O JornalDentistry – A próxima reunião contará com um conjunto de novos palestrantes. Que contributos trarão à formação? 

Dr. Armando Dias da Silva — Por se tratar de um evento sob a batuta da Faculdade Medicina da Universidade do Porto, implica que os pales- trantes tenham créditos firmados na área em que vão lecionar. Procuramos trazer vários conferencistas nacionais e internacionais que não tenham estado na I Reunião e que possam trazer algum valor acrescentado e inovador sobre esta técnica. 

O Painel de conferencistas é composto pela Dra. Patrícia Vergara, com uma apresentação sobre “mini-implantes como ancoragem esquelética”; pelo Prof. Dr. Alberto Albaladejo, “Classes III limite”; Prof. Doutor Celestino Nóbrega, “Desgastes interproximais nas Classes II”; pela Dra. Ágata Carvalho “Novos limites terapêuticos das técnicas auto ligáveis”, pelo Dr. David Sanz, ”A genioplastia nas Classes II”; Prof. Dr. Paolo Manzo, “Sistema de ligação dual”; Dr. Alvaro Larriu, “A importância da expressão de torque”; Prof. Dr. Juan Carlos Perez Varela, “Tratamento da Classe II no adulto”; Prof. Dr. Carlos Cabrera “Diagnóstico da Classe II com sistema protocolizado”; Dra. Isabel Flores “Alinhadores invisíveis no tratamento das Classes II”; e pelo Prof. Dr. Peri Colino “O distalizer de Carriére, sagital first”. Não obstante, teremos alguns palestrantes que repetem a edição de 2016, mas que irão apresentar temas completamente novos e cujas conferências se adivinham igualmente entusiasmantes. 

O JornalDentistry – A ortodontia tem vindo a percorrer um caminho onde a principal missão é a de estender os seus limites e proporcionar melhores tratamentos. O que significa, nesta II Reunião, ampliar os limites terapêuticos da Classe II? 

Dr. Armando Dias da Silva — O mais importante em ortodontia é o diagnóstico, que é independente da técnica com que a anomalia vai ser tratada. No entanto, dispomos hoje de evoluções técnicas como os sistemas auto ligáveis que permitem tratamentos mais rápidos, menos dolorosos e mais confortáveis sem necessidade de tantos dispositivos auxiliares como a técnica convencio- nal. Desta forma, temos hoje a possibilidade de efetuar tra- tamentos de mecânica mais simplificada, mas que devem obedecer aos mesmos princípios básicos de estética facial, nomeadamente estabilidade oclusal, saúde periodontal, côndilos em relação cêntrica e estabilidade no tempo. Casos cirúrgicos, disjunções maxilares e as extrações existem e, na minha perspetiva, irão sempre existir. Contudo, a frequência com que se aplicam tende a ser menor devido ao emprego de técnicas mais eficientes, naturalmente que alicerçadas num correto diagnóstico. 

Artigo publicado na edição de janeiro de 2018 do "O JornalDentistry" edição impressa e digital.

Para ler e/ou descarregar este artigo clique em: "O JornalDentistry" janeiro 2018

 

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