22.5% dos alunos de Medicina Dentária à escala mundial são hesitantes quanto à vacinação contra a COVID-19

Os resultados são referentes a um estudo promovido por investigadores da Masaryk University, na República Checa, da Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz, em Portugal, e da Al-Quds University, na Palestina, em conjunto com a International Association of Dental Students (IADS).

Este trabalho científico, pioneiro à escala mundial na temática da relutância de vacinação dos estudantes de Medicina Dentária, foi conduzido durante o mês de fevereiro do presente ano, a partir da aplicação de um questionário de cerca de 20 perguntas, adaptado do Strategic Advisory Group of Experts on Immunization (SAGE) da Organização Mundial de Saúde, distribuído pelas Organizações Nacionais que fazem parte da IADS, nomeadamente a Associação Nacional de Estudantes de Medicina Dentária (ANEMD). Dos mais de 6.500 estudantes dos 22 países participantes, 5.9% são portugueses.

Verificou-se que o nível de aceitação à escala mundial da vacina contra a COVID-19, por estudantes de medicina dentária, foi subóptima, com valores aproximados de 63.5%. O contexto económico em que os estudantes de medicina dentária vivem e estudam foi demonstrado ser relevante para a relutância à vacinação, enquanto que estudantes do género masculino e com treino clínico reportaram uma maior confiança. De acordo com este estudo, as redes sociais, figuras públicas e conhecimento insuficiente quanto às vacinas e a sua segurança, assim como falta de confiança no organismo governativo, assim como na indústria farmacêutica, são barreiras à vacinação.

Os resultados deste projecto à escala global apelam a uma implementação mais extensa de formação na epidemiologia de doenças infeciosas e tendências de vacinação no currículo pré-graduado.

Artigo Completo em: https://doi.org/10.3390/vaccines9060566

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