O JornalDentistry em 2018-10-04

ARTIGOS

As taxas de cancro relacionadas ao VPH superam as vacinas

Os Centros DCP - Disease Control and Prevention dos EUA, relatam que os cancros ligados ao vírus do papiloma humano (VPH), aumentaram drasticamente num período de 15 anos, assim como aumentou a taxa de jovens vacinadas

Os 43.371 novos casos de cancro associados ao VPH relatados em 2015 nos EUA representam um salto de 44% em relação aos 30.115 casos registados em 1999, de acordo com a análise do DCP. As taxas de vacinação contra o VPH melhoraram ao longo dos anos, mas não o suficiente para travar o aumento de cancro. O cancro orofaríngico, foi o mais comum associado ao VPH em 2015, com 15.479 casos entre homens e 3.438 entre mulheres. O vírus do papiloma humano infeta cerca de 14 milhões de pessoas por ano. Entre 1999 e 2015, as taxas de cancro da garganta e do colo do útero aumentaram, as taxas de cancro vaginal e do colo do útero diminuíram, e as taxas de cancro do pénis mantiveram estáveis, de acordo com o DCP. 

Segundo o Dr. Sangini Sheth, Prof. assistente de obstetrícia, ginecologia e ciências reprodutivas na Yale School of Medicine e diretor médico e também diretor de displasia cervical e colposcopia no Centro das Mulheres de Yale New HavenHospital, o aumento global parece ser principalmente impulsionado pelo cancro orofaríngico. A vacinação é a chave para prevenir esses tipos de cancros. 
O cancro orofaríngico é mais comum nos homens. A taxa de vacinação de rapazes é definitivamente menor que a das raparigas. O esforço para vacinar adolescentes contra o HPV é um desenvolvimento relativamente recente. A vacinação foi incluída no programa de vacinação de rotina nos EUA, para mulheres em 2006 e para homens em 2011, de acordo com o DCP. 
Durante muito tempo, a vacina contra o VPH foi visto em grande parte para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.  Atualmente a vacina , é comercializado como uma vacina contra o cancro e os pais se tornaram mais recetivos. 
Em 2017, 65,5 por cento dos adolescentes entre os 13 a 17 anos de idade, nos EUA tinham pelo menos uma dose de vacina contra o HPV, um aumento de 5,1 pontos percentuais em relação a 2016, segundo dados do DCP divulgados em agosto.

Em Connecticut, 75,4% das raparigas entre 13 e 17 anos tinham uma dose da vacina, 67,1% tinham duas doses e 58,4 receberam três doses. Entre os rapazes, 67,3 por cento receberam uma dose, 58,8 por cento receberam duas e 37,8 por cento receberam três, segundo dados de 2017. Apesar dos ganhos gerais davacinação contra o VPH, os obstáculos permanecem. A disparidade de género persiste, e muitos adolescentes receberam a primeira vacina, mas não conseguiram as doses subsequentes necessárias. 
As crianças de 11 ou 12 anos devem tomar duas doses da vacina contra o VPH com seis a 12 meses de intervalo, de acordo com o DCP. Três doses são recomendadospara pessoas com idades entre os nove e os 26 anos com certas condições imunocomprometidos. 
Muitas pessoas associam a vacina contra o  VPH à prevenção de cancros femininos, é necessário insistir que a vacina não é apenas para prevenção cancros femininos Cólon do útero e vagina) é também para prevenção de cancros masculinos, como por exemplo o cancro do pénis. Embora seja encorajador que as taxas de vacinação estejam a subir, simplesmente não se pode ver o benefício disso nos próximos anos, vai levar muito tempo para ver o efeito benéfico desta medida.  Após a infeção pelo VPH, pode levar anos para o desenvolvimento de um cancro. 
Muitas pessoas expostas ao VPH felizmente nunca terão cancro. O cancro associado ao VPH mais comum entre as mulheres é o cancro do colo do útero. Os dados mostram que as taxas desse cancro estão a diminuir, fruto da vacinação, mas existem disparidades raciais. 
É crucial que os médicos conversem com seus pacientes sobre a vacina contra o VPH. 

Nota:  Este artigo foi realizada em parceria com o Connecticut Health I-Team, uma organização de notícias sem fins lucrativos dedicada a reportagens de saúde. 
(c-hit.org) 

Fonte: Oral Cancer Foundation/ www.ctpost.com

Autor: Cara Rosner, Conn. Health

Artigo original completo: “HPV-related cancer rates outpace vaccinations”

 

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